BOAS VINDAS

SEJAM BEM-VINDOS AO ICAPUÍ POÉTICO.OBRIGADO PELA VISITA.

sexta-feira, 30 de março de 2018

LULA, o melhor presidente


Prof Antônio José

Hoje pensei numa rima
Um pouquinho diferente
Vou falar do grande herói
Que na luta está presente
Posso até não lê a bula
Mas nosso remédio é Lula
Nosso melhor presidente

Tem a voz do nosso povo
Fala com conhecimento
Defende a justiça humana
Enfreta os contratempos
Melhorou o nosso Brasil
De uma poça fez um rio
Diminuiu os maus tempos

Tem o respeito do povão
Da criança e do velhinho
De igualdade ele entende
E sabe tratar com carinho
Seja um simples agricultor
Magistrado ou um doutor
Ele é flor nunca é espinho

Vi avanço na educação
Com pobre virando doutor
Vi jovens na faculdade
Se formando no interior
Vi políticas com igualdade
Seja no campo ou cidade
Vi menos ódio e mais amor

Os menos favorecidos
Melhoraram suas condições
Muitos compraram um carro
Sem recorrerem a leilões
Construiram sua moradia
Tinham comida noite e dia
Nas cidades e nos sertões

Hoje estão nos roubando
Nossa legítima democracia
Nosso voto consciente
Que sufragamos um dia
Sem nenhum cerceamento
Tirando o desejo de dentro
De eleger quem se queria

Por isso votarei no Lula
Sem nenhuma comoção
Sem provas nada se prova
Tudo é mera especulação
Lula o melhor presidente
Quem diz isso, nossa gente
Que tem motivos e razão!
Se é do Lula, é do povo

Prof Antônio José

Se o cara comprou triplex
Mandou fazer a reforma
Deixou todo estruturado
E seguiu todas as normas
Tem documento material
Tem delação testemunhal
E a assinatura que prova?

Isso é como alguém falar
Que a galinha tem um ovo
Mas se não mostrar a prova
Não convence, nada é novo
Mas como estão insistindo
Vejo o TRIPLEX se abrindo
Como um espaço do povo

Por isso abramos as portas
Dessa construção bendita
Cada um com sua mala
Com seu lanche e marmita
Moremos de apartamento
Sem aluguel, sem aumento
No alto e com bela VISTA!

Se é do cara, é do povão
É da casa, da minha vida
Podem morar os sem-teto
Sem cabana, sem guarida
Podem morar nordestinos
Peregrinos sem destinos
Que vivem nas suas lidas

Vamos morar de TRIPLEX?
Sair da casca de um ovo
Se é do cara é da gente
Se é da gente eu só louvo
Quando se tem a certeza
Com documento na mesa
Se é do Lula, é do POVO!

Agora vou fazer as malas
Morar num prédio inaudito
Que segundo magistrados
Tem provas no veredicto
Meu novo lar, meu senhor,
É um TRIPLEX! Faça o favor
De deixá-lo bem BONITO!
SONETO DAS FLORES


Prof Antônio José

No mundo floral dos encantos mil
Com cores e perfumes inebriantes
Passo entre dálias e um lindo anil
Com seu aroma mui apaixonante

Sinto o exalar de um jasmim florido
Junto de uma bromélia irradiante
O crisântemo me saúda escondido
Com a anêmona grudada no amante

Encantado com o charme da rosa
Da flor de laranjeira, um belo terno
Eis a sensibilidade de uma mimosa

Ao me receber no festejar do inverno
Vejo o lírio vestido, uma bela prosa
Exibindo para mim AMOR ETERNO!
Quem ama, é quem cuida


Prof. Antônio José

Hoje resolvi escrever
Um cordel sobre gestão
Porque amo a poesia
E vejo com o coração
Faço isso todo instante
Num poetizar constante
Sem desprezar a razão

O prefeito da cidade
Vai mostrando seu perfil
Vai recuperando prédio
Que a sujeira invadiu
Vai se virando nos trinta
Comprando verniz e tinta
Limpando como bombril

Vejo os postos de saúde
Com grande diferencial
Vejo o Mirante da Serra
Mudando o seu visual
E para ser verdadeiro
Tudo começou primeiro
Lá pra banda do hospital

Até uma estrada nova
Um presente de Natal
Barreiras ganhou é fato
Era preciso e mui vital
Hoje todo mundo anda
Seja de frente, de banda
Na avenida COLORAU

Suas visitas são rotina
Em toda comunidade
Discutindo com o povo
As melhorias da cidade
Caçamba vai e logo vem
Com a areia do BELÉM
Abrindo estrada à vontade

Falo de infraestrutura
De obras acontecendo
Do reveillon lá na praia
Do município crescendo
Da pomba da liberdade
Símbolo da nossa cidade
Que agora estar valendo

Vejo o povo em mutirão
Com a limpeza de praia
Vejo também jacumãs
Parecendo marambaias
Estas erguidas no litoral
E com a Avenida Colorau
Atraem turista e ARRAIA

Mas agora teço um verso
Sobre os nossos proventos
Eles estão em atraso
Isso é fato não invento
E a saúde nessa terra
Que nunca haja uma guerra
Pra não ter falecimento

Um banco que existia
Fechou as portas então
Temeu a insegurança
As quadrilhas de ladrão
E o povo sempre esperto
Procura um local aberto
Para pegar num TOSTÃO

Eita que a rima é boa
Reconhece o que é feito
Mas também é realista
Não baba aqui o prefeito
Mostra um olhar sincero
Com poesia e esmero
Olhando sempre o direito

E aqui vou terminando
Com a minha rima fluida
Vou tecendo meu cordel
Como se fosse um druida
E falando com essência
Digo sem as aparências
Quem ama, é quem CUIDA
Jesus, só Ele, o caminho!


Prof Antônio José

Jesus é o bom caminho
Que leva ao pai celeste
Leva quem se arrepende
Leva quem se desfalece
Com Ele seremos salvos
Seja o negro, seja o alvo
Com Ele ninguém perece

Jesus, a estrela brilhante
A rocha que não se fende
O verbo que se fez carne
O amor que nunca se vende
O princípio e também o fim
A graça de Deus sobre mim
O rei que nunca se rende

Jesus, o príncipe da paz
O homem das mãos furadas
O filho de Deus unigênito
Com graça muito elevada
O carpinteiro de Nazaré
O nazareno que pregou fé
Nas ruas mui povoadas

Jesus, mestre dos mestres
O salvador da humanidade
O proclamador da justiça
O anunciador da verdade
A razão da nossa existência
O aceano da benevolência
Que nos oferece liberdade

Jesus, o messias revelado
A flor dentre os espinhos
O oleiro que fabrica o vaso
Pão e água, água e vinho
A luz que veio ao mundo
Para perdoar eu, imundo
Jesus, só Ele, o CAMINHO!
CRÔNICA

O SAL DA TERRA


Prof Antônio José

Não sou da cidade, venho de muito longe, onde moro não tem mar, estou em uma visita à cidade de Icapuí. Costumo observar os episódios diários que vão acontecendo em cada recanto por onde passo. A crônica nasce desse chão. O dia amanhece e lá vou eu
caminhando numa rua dessas pavimentadas com pedras despidas da cintura para cima. Olhava as pedras, mas não eram elas que me chamavam a atenção. Afinal, se portar com nudez tem sido o costume das pérolas joviais do século. Que vergonha!

O que me chamara a atenção de fato foram duas mulheres perto de uma torneira. Elas estavam com um balde, aparavam água, até aí normal. Mas o curioso é que uma delas colocava as mãos dentro do recipiente, pescava algumas gotas do líquido e levava à boca. Fazia isso ininterruptamente. Queria entender aquela cena aparentemente inusitada e também lhes pedir uma informação.

Foi aí que me aproximei das duas senhoras, queria perguntar para elas onde ficava o mar. Ao chegar pertinho, ouvi uma delas falar para a outra:"mulher, bem que o povo fala com razão, essa água do SAAE é uma salina pura. A gente sente o sal em todo lugar do corpo. Bebe aí, minha mana, pra tu sentir o gosto". E eu ali sem entender nada, ainda não havia feito a minha pergunta.

Chegou a hora, perguntei: "A senhora sabe me informar para onde fica o mar"? É que eu não sou daqui e de vez em quando tomar uns goles de água salgada, de manhãzinha cedo, a minha vó dizia que não faz mal a ninguém. Ela respondeu na bucha:" Fica bem pertinho, o senhor pega esse  corredor aí e já vai sair na praia. Mas se o senhor não quiser fazer isso, eu abro a torneira aqui e o senhor bebe água salgada direto da fonte". Não entendi, por que a senhora estar falando assim? Indaguei. Ela disse sem titubear "porque essa nossa água, meu senhor, é O SAL DA TERRA"! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkl
CRÔNICA

Balança tarada


Prof Antônio José

E lá vou eu rumo ao supermercado. Na chegada ao local, pego uma cestinha e adentro ao ambiente procurando alguns produtos de interesse pessoal. Vou na seção de frios e compro 1kg de chã de dentro para fazer um assado. Hoje é sabido que a fritura faz muito mal à saúde. Como diz alguém por aí "saúde é o que interessa, o resto não tem pressa".

Continuo na busca de outros itens, olho o festival de bolacha nas prateleiras e resolvo pegar um pacote de D Maria. E lá vou eu para a seção de chocolates. Ah, chocolate branco é uma delícia, mas uma tortura para dentaduras postiças. Acho que já está na hora de encerrar, afinal o cartão tem limite e os proventos ainda estão por vir.

Chegou a hora de me dirigir ao caixa, olhei para ver o que tinha menos gente. As compras são poucas, o cartão limitado e ainda ter que enfrentar uma fila? Ninguém merece! Caixa rápido, ainda bem que inventaram esse, é menos sofrimento, só não nos feriados. No carnaval, a fila vai nesse meio de mundo, bom para os empresários que enchem os bolsos.

Chego no caixa, começo colocar os produtos no balcão e a operadora põe umas frutas na balança para verificar o peso, mas a balança não pesa. A operadora mexe, liga, desliga e nada de haver registro. Será que vou ter que procurar outro caixa? Pensei. Depois de várias tentativas e nada resolvido, a senhora do caixa chama uma auxiliar e esta vem em busca de resolver o problema. Mexe, remexe e fala: "a balança está com tara". E eu ali observando tudo, só me restou monologar. Balança tarada, por essa eu não esperava! Kkkkkkkkkkkkkkk
CRÔNICA

Bolo de cimento


Prof Antônio José

A vida é cheia de surpresas. Algumas agradáveis, irônicas, cômicas..., outras desagradáveis, antipáticas, truculentas... Ah, a vida é cheia de mistérios, mas o importante é lidar com eles como se fossem os últimos. Aprender com eles cada lição e tirar do imprevisível os melhores ensinamentos. A vida é um vento que passa velozmente, uma nuvem que se forma e logo desaparece.

E lá vou eu rumo a cidade grande fazer compras com cartão de crédito, porque dinheiro de prefeitura é como recado, só chega atrasado. Mas vale ressaltar que tem prefeitura, nesse Brasil de meu deus, fazendo de tudo para manter seus funcionários em dia. Mantendo uma data base de pagamento e livrando os profissionais de vexame e constrangimento. Não é o nosso caso, ainda bem que temos um bendito crédito no comércio! Claro, os juros que o digam.

Estou chegando no comércio, as lojas estão abertas e as caixas de som, ressoando os frevos do carnaval,  chamam os clientes com progandas persuasivas. Entro num desses estabelecimentos e pergunto para uma jovem se tinha ali formas plásticas para a confecção de bloquetes intertravados. A moça olhou para mim e indagou:" formas para fazer bolo é isso"? Eu logo respondi: "não, minha jovem, para blocos de cimento".

A moça sorriu e disse que não tinha. Tudo bem, vou procurar noutro lugar e quem sabe ao passar em outra loja não consiga encontrar formas para bolo, sim, bolo de cimento porque para bloquetes de concreto está difícil viu? Pensei comigo mesmo e fui embora, mas infelizmente ainda não encontrei, agora vou recorrer a internet, tomara que os sites não me perguntem se formas para bloquetes são para fazer bolo! Afinal, esse ninguém comeria!
CRÔNICA

A FÚRIA DO MAR


Prof Antônio José

Tomar banho, mergulhar nas suas ondas espumantes, pescar nas suas pedras nuas e navegar nas suas águas serenas é um sonho de qualquer pessoa. Ora ele é azul, ora ele é verde anil com um balancê ao sabor dos ventos. Sim, o mar é maravilhoso, encantador e um elemento natural rico em produtos marinhos deliciosos. O mar é amigo, mas também pode ser um inimigo perigoso, ninguém duvide de sua fúria!

Era tarde, o sol já se escondia no horizonte, pessoas corriam com um celular na mão, ninguém queria perder o avanço de uma onda, a marola invadindo a estrada por onde passam pedestres, carros, motos e, elas, as mulheres da caminhada. Alguém dizia:" lá vem, lá vem a maré, essa vai subir o morro e botar no asfalto" Aquilo parecia ser incrível e realmente era, as ondas tomadas de fúria avançavam morro acima, banhavam jangadas acomodadas no seu espaço de repouso e explodiam no asfalto negro!

Nem todos comemoravam aquela cena bravia. Alguns sorriam e até pulavam com o avanço de cada onda revolta. Outros ficavam olhando cabisbaixo, lamentando a cólera da maré alta. Provavelmente alguém estaria se perguntando: "Por que o mar resolveu se enfurecer logo aqui nessa praia onde os jangadeiros disputam um pedaço de chão"?

Ah, o mar não manda recado, ele faz com sua força, com sua fúria e rola nas areias molhando o solo seco. Ele banha as pedras e explode as suas ondas de algodão, atravessa obstáculos e não pede licença. O mar se revolta contra a criatura que muitas vezes o agride sem pena e sem dó. Ele não avisa a hora que vai revidar, ele simplesmente chega e avança com toda a sua braveza levando o que encontra pela frente. Se você aprecia o mar saiba o quanto ele é amigo, mas não queira tê-lo como inimigo. A sua fúria é por demais devastadora e quando pensam em contê-lo, ele avança em outro lugar. A fúria é o seu sistema de defesa, um dia ela vem....
CRÔNICA

DONA LUZIA


Prof Antônio José

Ser mulher é um privilégio. Ser mulher virtuosa é uma bênção de Deus. Ela é simples, um exemplo de mãe, tem um coração tamanho do mundo, vive entre árvores e arbustos e conversa com seus animais como se eles fossem gente! Ela tem um sorriso doce, distribui simpatia por onde passa, mas ninguém queira contrariá-la, porque ela vira uma fera e é capaz de meter o cipó. Antônio que o diga.

Se alguém chega na sua casa, ela tem sempre um abraço para oferecer, um cafezinho para servir e muitas vezes ela dá uma sacolinha de cajarana, ciriguela, só depende do tempo desses frutos enfeitarem seu quintal. Dona Luzia, uma mulher de fibra, de histórias para contar, de experiência para compartilhar. Só quem a conhece sabe o quanto a sua companhia faz bem.

Quem visita sua casa facilmente a encontra nas sombras das árvores, rodeada de cães e galinhas, conversando com seu papagaio e cuidando das plantas ornamentais e frutíferas.  Olha ela lá tomando banho de mangueira, molhando o seu corpo cálido e se lembrando da vida de outrora! Uma senhora humilde, hospitaleira, com um rio de bondade nascendo de um coração já fragilizado pela vida e desembocando no seio de filhos e netos. Sim, esta é dona Luzia..., uma guerreira, um exemplo de vida!

Uma homenagem especial de quem escreve por prazer. Felicidades, dona Luzia!
Eu voto em Lula 2018


Prof Antônio José

Lula recebeu condenação
E a condenação fez efeito
Sua popularidade aumentou
Mas o povo não está satisfeito
Se esse homem for detido
Como qualquer um bandido
Confesso que estará eleito!

Porque o povo sabe bem
Quem governou repartindo
Distribuindo com equidade
A riqueza que está sumindo
Com Lula eleito novamente
O povo voltará a ser contente
E andará sempre sorrindo!

Lula faz a grande diferença
Com a sua bandeira social
Cuida dos pobres esquecidos
No interior e lá na capital
Leva luz para a escuridão
Leva água para a sequidão
E leva moradia sem igual!!!

Lula carrega a humildade
E o carinho da nossa gente
Leva consigo a esperança
De um país rico e decente
Onde todos tenham direitos
Vivam alegres, satisfeitos
E nunca sejam indigentes!

Lula sabe de onde veio
Sabe da fome, do sofrimento
Conhece a seca nordestina
Sentiu a fome por dentro
Sabe o que é ser operário
Sabe o valor de um salário
Por isso pensa em aumento

Eis aqui mais um cordel
Que do nordeste se publica
Pois o nordestino é criativo
Soma, divide e multiplica
E agora termino de ler a bula
O meu voto será é para Lula
E a cada segundo ele triplica.
ALEGRIA PASSAGEIRA


Prof Antônio José

O carnaval já terminou
Duração apenas de 4 dias
A suposta alegria passou
E com ela toda uma euforia
Passou o carro de som
Passou o trio Bombom
Passou também a folia

Passou a goma, o spray
Passou toda bebedeira
Passou o bloco de rua
Passou toda a zueira
Passou o cantor famoso
Passou o show fabuloso
Só resta a tal gemedeira

Por que não experimentar
Uma alegria permanente
Que invade o coração
E contagia a nossa mente
Alegria que vem do céu
Que brota do Deus fiel
E permanece para sempre?

Hoje tem gente abatida
Chorando nos hospitais
Outros perderam a vida
Em discussões tão banais
Tem gente que capotou
Tem gente que nem pulou
Só restando os funerais

Que a verdadeira alegria
Tome conta do nosso ser
Que não dure só 4 dias
Mas exista para vencer
Vencer o ódio e o rancor
Cultivar sempre o amor
E com Cristo permanecer

Termino aqui minha rima
Com a poesia decente
Louvando ao meu Jesus
Por iluminar nossa mente
Nos fazendo compreender
Que a carne vai perecer
Só o espírito é permanente
Chuva no sertão


Prof Antônio José

Quando a chuva cai no sertão
A flora seca começa a brotar
Os pássaros voam alegremente
E canta forte a danada da sabiá
O agricultor fica feliz da vida
Sabe que vai chegar a comida
E o tempo difícil logo passará

Quando a chuva cai no sertão
O rio seco começa a encher
Os peixes nascem ligeiramente
E a boiada tem pasto para comer
O capim seco logo fica verdinho
A piranha ataca de mansinho
E o berrante soa ao amanhecer

Quando a chuva cai no sertão
O milho floresce com cabeleira
O feijão verde é logo colhido
E a melancia faz sempre fileira
A mandioca fura a terra molhada
Na mesa tem canjica e coalhada
E a qualidade é sempre primeira

Quando a chuva cai no sertão
As crianças brincam sorridente
O galo canta fazendo festa
E o sapo grita muito contente
Por isso agradeçamos ao Senhor
A chuva que Ele nos mandou
E nos ofereceu como presente!
Deus abre o MAR


Prof Antônio José

Os hebreus saem do Egito
Depois da grande escravidão
Não pense que isso é mito
É Deus entrando em ação
O povo sai rumo ao deserto
Com anjos sempre por perto
A exemplo lá da fornalha
Faraó pega seus cavaleiros
Persegue com os guerreiros
Mas Deus está na batalha!

Moisés conduz os hebreus
Em busca da terra prometida
Mas Faraó pega os seus
Em busca de uma investida
Parte com seus cavaleiros
Homens treinados, guerreiros
Para atingir o povo escolhido
E ao avistar aquele batalhão
O povo de Deus, meu irmão
Ficou com medo do perigo!

Mas Deus é o nosso general
Ele nunca perdeu batalha
Quem confia no seu poder
Vence a espada, a navalha
Deus cuida dos filhos seus
Porque Ele sempre é Deus
Aqui ou em qualquer lugar
Mesmo agindo o opressor
Deus demonstra o seu amor
E com um cajado abre o mar!
CRÔNICA

Irmã Lúcia


Prof Antônio José

A gente pode começar um texto de diferentes maneiras e eu preferi começar pelo fim. Hoje ela é uma pessoa aparentemente fragilizada, com a saúde debilitada, mas não se curva as intempéries da vida. Continua com o sorriso de sempre e irradiando alegria por onde passa. É uma pessoa querida por todos e tem um coração do tamanho do mundo.

Sim, estou falando de Irmã Lúcia, uma pessoa maravilhosa que tive o prazer de conhecer há alguns anos atrás e que me tornei o seu fã. Quando a conheci ela estava operando a sua máquina de costura, sua amiga de todas as horas! Por falar em máquina ninguém melhor do que irmã Lúcia para conhecer tão intimamente essa ferramenta de trabalho. A máquina parece ganhar vida quando os pés da costureira da Serra de Mutamba a toca tão sutilmente. Por várias vezes tive a oportunidade de apreciar a sintonia entre a máquina e sua dona.

Irmã Lúcia, a mulher das orações das madrugadas, uma serva do Senhor altamente dedicada a obra de Deus. De vez em quando subo a serra e lá está ela cuidando do templo, limpando, trocando a cortina, aliás, pedindo para alguém trocar porque foi-se o tempo em que ela podia fazer isso sozinha. Ela organiza toda igreja e nem pense em desorganizar porque você vai levar um baita do carão!

Seu jeito paciente, meigo, acolhedor é uma característica peculiar de sua pessoa. Sabe orientar como boa conselheira filhos e netos e usa sua experiência como matéria prima para dar lições de vida a quem interessar. Hoje ela não é a mesma de outrora, está cansada, vivida, desgastada pelo tempo, mas já foi uma moça jovem, cheia de vigor, com entusiasmo para dar e vender e certamente tenha sido por isso que o irmão Raimundo um dia falou: "Lúcia, vocé é a minha cara-metade, encontrei a mulher da minha vida". O namoro começou, o casamento aconteceu e eles passaram a viver felizes para sempre!

Uma homenagem especial à pessoa que aprendi a querer bem. Parabéns, irmã Lúcia!
PCCR SEM CARREIRA


Prof Antônio José

Meus senhores e senhoras
Sou professor e poeta
Nunca vi ser tão pateta
Um PCCR sem carreira
Já vi casa sem lareira
E escuridão em pleno dia
Mas hoje vi o que não via
Numa prefeitura do povo
Alguém querendo ser novo
Roubando a CIDADANIA

Professor perde a carreira
Depois de ter construido
Depois de ser instruido
Quanto a sua formação
Fazer uma especialização
Parece não ser progresso
Esqueceram do maestro
Que toca com sua magia
Nunca pensei que um dia
O oscar fosse insucesso

O projeto foi pra votação
Na carreira sem carreira
Desceu depressa a ladeira
Sem nenhuma discussão
Mas houve três rejeição
De quem luta pelo povo
Que vai se eleger de novo
Com uma grande maioria
Por ter coragem e ousadia
De acreditar no RENOVO

Agora a batalha chama
Quem nunca fugiu a luta
Quem dá a vida na labuta
Construindo o aprendizado
Mas hoje foi descartado
Como um objeto qualquer
Luta o homem e a mulher
Defendendo a causa justa
Vamos todos pra disputa
Porque ninguém é mané!!!
A MARÉ EM ICAPUÍ


Prof Antônio José

A maré em Icapuí
Começou por afogar
Professores temporários
No salário, não no mar
Tirando o real do livro
Que aperfeiçoa o crivo
Na hora de pesquisar

A maré em Icapuí
Avançou no professor
Cortou-lhe a carreira
Não precisa ser doutor
Basta fazer o normal
Ganhar o piso nacional
E viver como camelô

A maré em Icapuí
Levou lutas de outrora
Conquistas do professor
Que trabalha oito horas
Que aprende pra ensinar
Construindo sem parar
O descortinar da aurora

A maré em Icapuí
Fez estrago de montão
Com um projeto de lei
Andando na contramão
Dos direitos trabalhistas
Das melhorias, conquistas
Do professor cidadão

A maré em Icapuí
Veio com força total
Não subiu só lá no morro
Atingiu o nosso quintal
Por isso digo senhores
Levantem-se professores
Vivemos nos dias maus
NO TEMPO DO "VEIM"


Prof Antônio José

No tempo do VEIM
Professor tinha valor
Logo no final do mês
Pagava-se o servidor
O VEIM era invocado
Cortava carro alugado
Para pagar professor

O VEIM tinha firmeza
E fazia da educação
Um serviço prioritário
Para toda a população
Pagar todos servidores
Valorizar professores
Ele sempre fez questão

O VEIM tinha palavra
Dizia e logo cumpria
Se a coisa ficasse feia
O VEIM já não dormia
Ele chamava o servidor
Falava com o professor
E todo mundo entendia

O VEIM se colocava
No lugar do trabalhador
Sabia toda a importância
Que tem o SERVIDOR
Atrasar o tal provento
Era pra ele um tormento
Pois ele é um professor

Viva o VEIM de outrora
No tempo q a educação
Tinha seu grande primor
Era vista com o coração
Hoje tudo é diferente
Até a carreira da gente
Colocaram em votação

Não se sabe mais o dia
Que o salário vai sair
Tudo é muito indefinido
Nada mais dá pra cumprir
E o povo está tão calado
Pra não dizer resignado
Nunca vi isso em Icapuí

A única coisa q o VEIM
Prometeu e não cumpriu
Foi o portão da escola
Que até hoje não saiu
Mas o resto, minha gente
O VEIM botou foi quente
Onde fechava ele abriu!

Mas o professor poeta
Não cala e nem silencia
Quando é para elogiar
O professor vai e elogia
Mas se a coisa está feia
O professor usa sua veia
E mete o pau, DENUNCIA!
Lagartixa ou borboleta?



Prof Antônio José

Gente da minha cidade
Vou rimar nesse cordel
Sobre dois seres vivos
Que vivem debaixo do céu
A borboleta e a lagartixa
Vou passar a minha lixa
E prometo ser muito fiel

A lagartixa, minha gente
Anda por cima do muro
Olha pra um lado e outro
Se esconde no obscuro
Tem medo dos predadores
Assim são alguns atores
Diante do tempo escuro

Esse animal, no tempo,
Desaparece de repente
Basta ver uma tempestade
Ou um embate de frente
Sai correndo de fininho
Se recolhe no seu ninho
Como pássaro negligente

A borboleta, minha gente
É um bichinho campestre
Repousa pra transformar
Seu casulo, é o seu mestre
Depois da metamorfose
E sem nenhuma overdose
Ela faz seu primeiro teste

Voa com muita prudência
Colorindo a mãe natureza
Pousa em flor e espinho
Sem perder a sua beleza
Tem espírito de guerreiro
E não trai o companheiro
Essa é sua maior grandeza

Borboleta, pura agilidade
Lagartixa vive na contramão
Borboleta não ver distância
Lagartixa pega de supetão
Borboleta beleza, movimento
Borboleta leve como vento
Lagartixa pode ser babão

Por isso digo aos senhores
Cada animal tem sua faceta
Tem muita gente lagartixa
Tem muita gente borboleta
Prefiro olhar logo a estampa
Borboleta a luta encampa
Lagartixa mexe só a cabeça
Marajá sem dinheiro


Prof Antônio José

Estou de volta outra vez
Com minha rima afiada
Para falar de um marajá
Que já virou até piada
Procura-se nessa cidade
Esse marajá de verdade
Esse bendito camarada

Alguém diz ser professor
Esse sortudo da peste
Olha onde ele apareceu
Em Icapuí, no Nordeste
Quero te conhecer já, já
Descobrir como se tornar
Um marajá aqui no leste

Sou professor, meu irmão
Já ensinei muita gente
Alguns hoje são bancários
Outros até são gerentes
Alguns são vereadores
Outros já são até doutores
Vivem uma vida decente

Não falhei na minha lida
Na hora de ensinar a lição
O meu aluno, hoje vereador
Aprendeu o q é educação
E como um bom legislador
Votou a favor do professor
E contra a própria situação

Esse aluno, meus amigos
Era um discente aplicado
Prestava atenção na aula
Era um aluno esforçado
Aprendeu que no Ceará
Professor nunca foi marajá
E não tem carro importado

Que profissão essa nossa!
Pedagogia libertadora???
Sim, aquela q transforma
Com a ajuda da professora
Foi assim que me ensinou
O meu humilde professor
E a minha mãe educadora

Hoje a culpa é do professor
Se o aluno não aprende
Se os resultados externos
Já não nos surpreendem
Queria ter uma vara mágica
E nunca tornar tão trágica
A corrente que nos prende

Mas vou por fim no cordel
Que tem verso bem ligeiro
Se alguém souber me diga
Qual deve ser o paradeiro
De um professor marajá
Aqui em Icapuí, no Ceará
Um marajá sem DINHEIRO!
PARABÉNS!


Prof Antônio José

Com verso, rima dourada
Canto a minha melodia
Falo do dia e da noite
Falo da noite e do dia
E nessa data primaveril
Como a água corre no rio
Escrevo a minha poesia

Hoje é dia de aniversário
De uma pessoa querida
Que faz do seu ofício
Uma missão sem medida
Trabalha com mui alegria
Com talento, com magia
Colorindo a nossa vida!!!

Hoje o dia é todo dela
Da nossa coordenadora
Uma pessoa nota mil
Uma grande professora
Uma mãe mui dedicada
Profissional, caprichada
Uma mulher vencedora!

Ficam aqui os meus votos
Nessa data em especial
Que Deus lhe dê forças
Para vencer qualquer mal
Dê saúde, paz e sucesso
Que você tenha progresso
Nesse mundo desigual!!!

Parabéns com muito amor
Faça tudo, feche e lacre
Hoje você é a estrela
Que na terra tem destaque
Seja no norte ou no Sul
Você é a estrela LULU
Da escola Joana Marques!

Felicidades!

De um marajá sem dinheiro
A pedido, uma homenagem ao saudoso ZIVALDO, em cordel.

AMIGO PARA SEMPRE


Prof Antônio José

Gente dessa minha terra
Vou rimar com precisão
Falarei sobre um homem
Que de todos era irmão
Tomou pinga, tomou caldo
O seu nome era ZIVALDO
O humorista do calçadão!

Ele sempre foi risonho
Era um homem destemido
Fazia seus espetáculos
Tivesse bom ou bebido
Chamava sempre atenção
Na pesca ou na eleição
Ele era sempre aplaudido!

Na pesca ele foi guerreiro
Trabalhava com o coração
Enfrentava o vento, a chuva
Enfrentava até furacão
Puxava a rede brincando
Tirava a lagosta cantando
No convés da embarcação

Com a sua jangadinha
E suas redes pesqueiras
Ele vencia o mar bravio
De segunda a sexta-feira
Pegava sua quimanga
Fosse canjirão ou manga
Tudo virava brincadeira

Pescava o peixe miúdo
O barbudo, o boca mole
Chegava com um sorriso
Para os amigos do gole
Tomou cerveja em latinha
Bebeu vinho sem ter vinha
Mas criou bem sua prole

Quando a regata chegava
Ele também concorria
Pegava a sua jangada
Com toda a diplomacia
Equipava com vela e tudo
Botava um estais pontudo
E a jangadinha SUMIA!!!

Em casa ou no calçadão
Onde quer que estivesse
Tinha conversa, risada
Ele foi um grande mestre
Mestre do humor, do mar
Falava em qualquer lugar
E gritava até se pudesse!

Mas um dia, minha gente
Lá do céu bradou o sino
Dores são a sua agonia
Seus dias, um desatino
Foi pego pela enfermidade
Do mar foi para a cidade
Completar o seu destino!

Resistiu toda a doença
Com fé e muita bravura
Esperava que Deus Pai
Entrasse com sua cura
O Senhor fez o chamado
Pois o tempo era chegado
De levá-lo pra as alturas

E assim ele foi embora
Deixando os familiares
Deixou amigos diversos
Deixou o canto dos mares
Partiu como de repente
Saiu, mas está presente
Na mente dos populares

Seja na terra ou no céu
No chão ou no paraíso
Onde a gente se encontrar
Só não vai faltar o riso
As gargalhadas de outrora
Que o tempo não devora
Porque sorrir é preciso