BOAS VINDAS

SEJAM BEM-VINDOS AO ICAPUÍ POÉTICO.OBRIGADO PELA VISITA.

sábado, 22 de março de 2014

MENINA ÍNDIA

Profº Antônio José

Ah! a praia, a praia com seus inesquecíveis elementos marinhos! 
Por entre pedras, algas, areia, barcos e pequeninos seres visíveis e invisíveis
 Vejo uma índia passeando no tapete de algas coloridas. 
Ela parece perdida na imensidão. Há pessoas ao seu redor, mas ela é diferente. 
Ela é uma índia que saiu do silêncio da floresta em busca de ouvir o barulho das ondas
Do inesquecível e admirável Oceano Atlântico. 
Ela tem cabeleira exuberante, sua pele queimada pelo Sol brilha qual diamante. 
Seu rostinho parece de uma criança indefesa desfilando no meio da multidão. 
Começo a me perguntar: por que um mortal tem esse privilégio de admirar tamanha beleza? 
Não, não vou aguentar essa maravilha passar pelos meus olhos, sou poeta, mas sou humano!!! 
Quando penso de me aproximar daquela singela criatura para lhe cumprimentar, 
Ela, num piscar de olhos, desaparece entre os humanos presentes no paraíso praiano 
E me deixa apenas a sua imagem encantadora, inesquecível, incomparável!!! 
Quando, mais quando terei a felicidade de vê-la novamente? 
Ah! aquela índia....não é imagem poética é de carne e osso. 
Onde estás agora menina índia? Voltaste ao teu lar florestal, 
Ou ainda permaneces vagando pelas exóticas praias do meu Ceará? 
Será que não percebeste o olhar curioso de um poeta escrevendo na areia com lápis de maresia?
 Eis a pergunta que não quer calar: Aonde andas, aonde andas, menina índia???

sexta-feira, 21 de março de 2014

INDIA PRAIANA


Profº Antônio José

Índia que não respondes
O meu grito de mistério
No mar és uma sereia
Na música és um saltério

No cosmo és uma estrela
Que brilha na imensidão
Da floresta és a rainha
Que desperta sensação

Na terra és diamante
Linda pedra preciosa
No jardim és flor perfeita
És orquídea, és a rosa

No rio és a corrente
Que move águas serenas
Na montanha és a águia
Que renova suas penas

No castelo és a princesa
Que desperta atenção
Nas ruas és uma musa
Que arrebenta coração

Na pracinha és a luz
Que ilumina a cidade
No mundo és perfume
Para toda humanidade

No livro és a palavra
De sentido mais bacana
Na poesia tu és índia
A única índia praiana

terça-feira, 18 de março de 2014

Tem que ser robalo?


Profº Antônio José

Sou da praia, sou do mar
Vivo comendo marisco
Moro em cima do morro
Saboreando um petisco
Não me deixo enganar
Nem todo peixe é do mar
Nem toda água é chuvisco

Camurim virou robalo
Nas praias do meu torrão
Serra vai virar bonito
Recheado com limão
Galinha dura na mira
Vai dizer que é caipira
Que tremenda enrolação

Abra o olho meu amigo
Na hora da comilança
O robalo é camurim
Coma pra encher a pança
Mas não faça sem saber
Ouça o que vou dizer
Nome não dá confiança

E agora eu termino
Meu poema no embalo
Camarão não é lagosta
Cavala nunca foi galo
Por que é que camurim
 Agora vai ser pra mim
Esse bendito robalo?

segunda-feira, 17 de março de 2014


A praia veste-se de algas

Profº Antônio José 

O poeta observa a praia nua
Que de algas douradas é vestida
A estrela do dia é testemunha
Da nudez da praia mui querida
E a Lua na noite esplendorosa
Ilumina a praia mui formosa
Com vestido de algas coloridas

O tapete de areia reluzente
Recebe a água do mar toda despida
As ondas lavam seu vestido de capim
Seu corpo sob algas tem guarida
E os banhistas que roubam seu decoro
Passam e não percebem o choro
Da praia clamando pela vida