MENINA ÍNDIA
Profº Antônio José
Ah! a praia, a praia com seus inesquecíveis elementos marinhos!
Ah! a praia, a praia com seus inesquecíveis elementos marinhos!
Por
entre pedras, algas, areia, barcos e pequeninos seres visíveis e
invisíveis
Vejo uma índia passeando no tapete de algas coloridas.
Ela
parece perdida na imensidão. Há pessoas ao seu redor, mas ela é
diferente.
Ela é uma índia que saiu do silêncio da floresta em busca de
ouvir o barulho das ondas,
Do
inesquecível e admirável Oceano Atlântico.
Ela tem cabeleira exuberante,
sua pele queimada pelo Sol brilha qual diamante.
Seu rostinho parece de
uma criança indefesa desfilando no meio da multidão.
Começo a me
perguntar: por que um mortal tem esse privilégio de admirar tamanha
beleza?
Não, não vou aguentar essa maravilha passar pelos meus olhos,
sou poeta, mas sou humano!!!
Quando penso de me aproximar daquela
singela criatura para lhe cumprimentar,
Ela, num piscar de olhos,
desaparece entre os humanos presentes no paraíso praiano
E me deixa
apenas a sua imagem encantadora, inesquecível, incomparável!!!
Quando,
mais quando terei a felicidade de vê-la novamente?
Ah! aquela índia....não é
imagem poética é de carne e osso.
Onde estás agora menina índia?
Voltaste ao teu lar florestal,
Ou ainda permaneces vagando pelas
exóticas praias do meu Ceará?
Será que não percebeste o olhar curioso de
um poeta escrevendo na areia com lápis de maresia?
Eis a pergunta que
não quer calar: Aonde andas, aonde andas, menina índia???