AQUELE
BANCO
Aquele
banco fincado naquela pracinha
Parece
chorar sentindo tua falta.
São
tábuas de cedro, madeira de lei,
Extraída
de árvores tão velhas, tão altas.
Uma
noite sentaste tão sorridente
Com
vestido longo ao cair no chão.
Estavas
feliz e todo mundo te olhava
E o
banco tinha vida, tinha emoção.
Agora
passo por aquela pracinha
E
aquele banco geme a tua ausência.
Queria
tê-la sempre bem sentadinha
Sentindo
o calor das tuas latências
E
testemunhando a tua alma e a minha
Numa
explosão, numa só frequência.