BOAS VINDAS

SEJAM BEM-VINDOS AO ICAPUÍ POÉTICO.OBRIGADO PELA VISITA.

sábado, 1 de outubro de 2011

SORRISO


                                    Profº Antônio José


Quem disse que o sorriso
É uma boca aberta?
Ou eu não posso sorrir
De boca fechada,
Olhando pro mar,
Numa praia deserta?

Quem disse que o sorriso
É uma boca fechada?
Ou eu não posso sorrir,
Vendo uma criança,
Mostrando os dentinhos
De boca escancarada?

Quem disse que o sorriso 
Tem que ser deste jeito:
Padronizado,
Aberto, fechado
Ou escancarado?

Vai pensando assim,
Porque eu estou vindo:
De boca, fechada
De dentes, cerrados
De corpo, dormindo
De alma, lavada
De coração, sorrindo.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A escola


Profº Antônio José

A escola deveria ser um lugar de prazer para que pudesse se tornar o prazer de um lugar. Vir à escola nunca deveria ser um martírio, uma tortura, mas uma oportunidade de encontrar a satisfação de ser.

Os alunos, os professores, os pais, os demais sujeitos deveriam comemorar quando da sua chegada à escola. Esse ambiente deveria ser tratado com todo zelo assim como se trata uma pepita de ouro encontrada no fundo de um rio.

Sair da escola deveria ser um motivo de tristeza, de parto, tal como uma criança quando sai do útero da mãe. E essa separação poderia ser expressa, se não com palavras, com gestos, pois esses falam mais forte do que aquelas, porque dispensam explicação.

Que bom ouvir de um aluno:"A aula hoje foi boa", porém é melhor perceber no seu sorriso o desejo de continuar na escola não porque a escola é feita por uma aula, mas porque uma aula faz a escola. A escola tem priorizado o desenvolvimento intelectual em detrimento dos sentimentos, das emoções. Sabemos lidar com diferentes tipos de tecnologia, contudo não sabemos lidar com os nossos problemas.

A escola deveria ensinar para a vida, afinal, a vida passa pela escola, entretanto nem sempre a escola passa pela vida. Penso que estamos construindo um geração de robôs, não de seres humanos. Estamos constantemente extressados, angustiados, deprimidos e culpamos a escola por isso. Esquecemos que somos os construtores daquilo que nos aflige.
 
Tudo tem sido o prazer de um lugar: o jogo de futebol, as baladas, as praças, a internet, menos a escola. Que escola é essa onde o aluno e o professor comemoram, festejam, no dia que não vai haver aula? Por que o aluno pede para sair mais cedo quando não tem nenhum outro compromisso a não ser estudar?

 Há quem diga que a escola está perdendo espaço. É verdade, o mundo lá fora é muito mais atraente do que o espaço da sala de aula e, às vezes, é a quadra da própria escola que nos ensina a dinâmica de um espaço prazeroso de se estar.

E aí vem um mosquito pensar a escola e dizer que os humanos projetam um ambiente dos sonhos, mas esse projeto não tem sido o verdadeiro sonho da escola e a prova está na evasão, na baixa frequência e nos resultados desanimadores. Ouçam-me, a escola não surge do nada ela é construida ou destruida por nossas ações.

É possível, sim, mudar a escola antes que ela nos mude e nos mostre a nossa imcapacidade de sermos o que dizemos ser. Não estou sonhando com uma escola mágica, mas com a escola, que se não de tudo, nos proporcione pelo menos o desejo de se está nas suas sombras sorrindo. Não porque a aula terminou, mas porque está começando agora.

Você pode está me perguntando o que estou fazendo por essa escola do prazer, do desejo, estou pensando, escrevendo, agindo, se isso não é muito acredito já ser alguma coisa e você???

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VIDA DE PROFESSOR

                             Profº Antônio José
Profissional de fato
Com o seu livro na mão.
O professor é um retrato
Da mais bela profissão.
Leva consigo a esperança
Que cultiva na criança
Através de uma lição.
Semente que se irrigada
Logo será germinada
Na mente e no coração.

Profissional da hora
Ele luta contra o tempo.
Além de cumprir horário,
Vive de planejamento.
Voa como uma bexiga,
Tem a saúde esquecida
Em nome da educação,
Mas sabe que a sua luta
Será sempre uma disputa
Para haver transformação.

Profissional de encontros
Vive sempre em oficina.
Mas não é um carro velho
Sem farol e sem buzina.
É gente que tem valor
E por a educação amor,
Sem viver de ilusão.
Sabe que rever a sua prática
Para não ser ela estática
É sinal de inovação.

Profissional de escola
Não vive só de reflexão.
Ele também tem um corpo
Que precisa de água e pão.
E isso não cai do céu
Como maná no deserto.
Tem que ter é bom salário,
 um incentivo diário
E um pagamento certo.

Profissional de sonho
Na busca de realidade.
Luta contra a indiferença
No campo e na cidade.
Deve primar pela essência,
Usando sua consciência
Tudo com o bom humor.
E assim comemorar
Que a arte de ensinar
Cresce com o PROFESSOR

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Barracas de praia


                  Profº Antônio José
Barracas de praia,
Barracas de briga,
Barracas de sonho,
Barracas sem vida.
                                                                  
Tem gente sorrindo
Com sua barraca.
Tem gente esperando
Por uma cachaça.

Tem gente feliz
Com muito dinheiro.
Tem gente chorando
Sem ter um cruzeiro.

Tem gente perdendo
A tranquilidade.
Tem gente plantando
Tamanha maldade.

Tem gente esperando
A sua vida mudar.
E como ela muda
Com droga no ar!!!

Tem gente sonhando
Com a multidão.
Mas ninguém enxerga
A prostituição.

Tem gente falando
Com toda razão.
Tem gente que cega
Vendendo ilusão.

Tem gente acordando
Saindo do ninho.
Tem gente voando
Que nem passarinho.

Barracas de praia
E o lençol marinho?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

ANIVERSÁRIO

                                 Profº Antônio José

A CASA MUDOU DEVERAS,
DE BALÕES ELA SE ENFEITA,
ANUNCIANDO A PRIMAVERA
DE UMA VIDA IMPERFEITA.

OS SALGADOS VIRAM ATRAÇÃO,
ACOMPANHADOS DE BEBIDA.
NINGUÉM PENSA NO VERÃO
SE A PRIMAVERA É COLORIDA.

AS MÃOS RECEBEM PRESENTES
E TAMABÉM CALOR HUMANO
NOS PARABÉNS TÃO ARDENTES.

OS COPOS VIRAM OCEANOS,
DE LÍQUIDOS EFERVESCENTES,
COMEMORANDO O NOVO ANO.