BOAS VINDAS

SEJAM BEM-VINDOS AO ICAPUÍ POÉTICO.OBRIGADO PELA VISITA.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

CRÔNICA: DA REDE LÁ DE CASA

 



Prof Antônio José
É domingo e costumo sempre visitar a minha mame. Hoje não é diferente! Estou saindo rumo a praia de Barreiras, potencial turístico certamente atenuado pelo caos da pandemia. E lá vou eu na minha branquela com a esposa ao lado. MÁSCARA no rosto, afinal os vidros estão abertos e mesmo que não estivessem, não podemos ser negligentes com o bem mais precioso, a saber: a vida!
Estou passando, nesse momento, pela avenida, e observo algo que me preocupa: se não bastasse a falta do capacete, falta agora também a máscara. Os casos de Covid continuam se manifestando e já são quase 450 mil mortes no país. Icapuí não é uma ilha deserta, um paraíso inabitável!
Sigo viagem, estou chegando na Praça da Liberdade e me deparo com alguns seres humanos também sem máscaras. Começo a pensar: será que a pandemia chegou ao fim? Seria muito bom para ser verdade, mas ela segue matando em ritmo acelerado. Estou agora entrando em um corredor que dá acesso à praia. Não posso esquecer do meu destino: casa da mame! Ao sair do corredor, o mar me recebe de braços abertos e a brisa canta a melodia da maresia. E lá vou eu cruzando a pista, olhando para cada passante, não sou fiscal, mas sou um observador da vida.
Paro na minha casa de praia. Um serviço de reparo, nunca falta, pois até às paredes se estragam com a maresia, imagine o corpo com o coronavírus! Hora do almoço, uma carne de sol feita por mãos abençoadas e aqui faço justiça a Barraca da Peixada. Depois de encher o bucho, como diz o nordestino, aquela esperada soneca de rede Tijubana. Mas ainda não foi aqui que tomei um susto.
Acordei na hora do café, lembrei-me do bolo de milho da mame e fui correndo para lá. Depois de saborear um bolo pamonha, que só ela sabe fazer, vejo uma rede armada e não perdo tempo, afinal, o corpo pede descanso. E é nessa hora que avisto passantes, condutores mais uma vez sem o apelo da máscara preventiva. Onde está ela? Em casa, na bolsa, no bolso, na gaveta, no porta-luvas? Não era para está no rosto cobrindo o nariz e vestindo a boca? Ah, eu não sou fiscal, mas sou observador e essas oportunidades são a matéria prima da minha crônica. Da rede lá de casa...

Nenhum comentário:

Postar um comentário