BOAS VINDAS

SEJAM BEM-VINDOS AO ICAPUÍ POÉTICO.OBRIGADO PELA VISITA.

domingo, 13 de abril de 2014

O VERDE DOS COQUEIRAIS



 Profº Antônio José

Olá gente da minha terra
Gente desse meu torrão
Escrevo mais um poema
Com tinta de coração
Canto o verde dos coqueirais
Que da Serra de Cajuais
Vejo com admiração.

Passo no alto da serra
Olho de longe e de perto
Vejo os coqueiros dançando
Isso é fato, isso é certo
As palhas estão se tocando
Elas estão se beijando
Num movimento frenético

Há coqueiros mui gigantes
Parecem que vão cair
Há filhotes adolescentes
Que já começam pari
O verde é uma floresta
Coberta de muita festa
Nas praias de Icapuí

Do alto contemplo o tapete
Tecido com fio anão
Estendido de ponta a ponta
Fonte de muita emoção
Mas vejo coqueiro caindo
E o tapete se abrindo
Como um grande vulcão

O tapete está rasgado
Estão ferindo o cartão
As construções não revelam
O verde da emoção
Há pedaços do tapete
Perto de qualquer paquete
Sem nenhuma comoção

Há retalhos carregados
No convés da embarcação
O tapete vira rolo
Passando de mão em mão
E se o homem não parar
Icapuí no Ceará
Vai perder o seu cartão.

sábado, 22 de março de 2014

MENINA ÍNDIA

Profº Antônio José

Ah! a praia, a praia com seus inesquecíveis elementos marinhos! 
Por entre pedras, algas, areia, barcos e pequeninos seres visíveis e invisíveis
 Vejo uma índia passeando no tapete de algas coloridas. 
Ela parece perdida na imensidão. Há pessoas ao seu redor, mas ela é diferente. 
Ela é uma índia que saiu do silêncio da floresta em busca de ouvir o barulho das ondas
Do inesquecível e admirável Oceano Atlântico. 
Ela tem cabeleira exuberante, sua pele queimada pelo Sol brilha qual diamante. 
Seu rostinho parece de uma criança indefesa desfilando no meio da multidão. 
Começo a me perguntar: por que um mortal tem esse privilégio de admirar tamanha beleza? 
Não, não vou aguentar essa maravilha passar pelos meus olhos, sou poeta, mas sou humano!!! 
Quando penso de me aproximar daquela singela criatura para lhe cumprimentar, 
Ela, num piscar de olhos, desaparece entre os humanos presentes no paraíso praiano 
E me deixa apenas a sua imagem encantadora, inesquecível, incomparável!!! 
Quando, mais quando terei a felicidade de vê-la novamente? 
Ah! aquela índia....não é imagem poética é de carne e osso. 
Onde estás agora menina índia? Voltaste ao teu lar florestal, 
Ou ainda permaneces vagando pelas exóticas praias do meu Ceará? 
Será que não percebeste o olhar curioso de um poeta escrevendo na areia com lápis de maresia?
 Eis a pergunta que não quer calar: Aonde andas, aonde andas, menina índia???

sexta-feira, 21 de março de 2014

INDIA PRAIANA


Profº Antônio José

Índia que não respondes
O meu grito de mistério
No mar és uma sereia
Na música és um saltério

No cosmo és uma estrela
Que brilha na imensidão
Da floresta és a rainha
Que desperta sensação

Na terra és diamante
Linda pedra preciosa
No jardim és flor perfeita
És orquídea, és a rosa

No rio és a corrente
Que move águas serenas
Na montanha és a águia
Que renova suas penas

No castelo és a princesa
Que desperta atenção
Nas ruas és uma musa
Que arrebenta coração

Na pracinha és a luz
Que ilumina a cidade
No mundo és perfume
Para toda humanidade

No livro és a palavra
De sentido mais bacana
Na poesia tu és índia
A única índia praiana

terça-feira, 18 de março de 2014

Tem que ser robalo?


Profº Antônio José

Sou da praia, sou do mar
Vivo comendo marisco
Moro em cima do morro
Saboreando um petisco
Não me deixo enganar
Nem todo peixe é do mar
Nem toda água é chuvisco

Camurim virou robalo
Nas praias do meu torrão
Serra vai virar bonito
Recheado com limão
Galinha dura na mira
Vai dizer que é caipira
Que tremenda enrolação

Abra o olho meu amigo
Na hora da comilança
O robalo é camurim
Coma pra encher a pança
Mas não faça sem saber
Ouça o que vou dizer
Nome não dá confiança

E agora eu termino
Meu poema no embalo
Camarão não é lagosta
Cavala nunca foi galo
Por que é que camurim
 Agora vai ser pra mim
Esse bendito robalo?

segunda-feira, 17 de março de 2014


A praia veste-se de algas

Profº Antônio José 

O poeta observa a praia nua
Que de algas douradas é vestida
A estrela do dia é testemunha
Da nudez da praia mui querida
E a Lua na noite esplendorosa
Ilumina a praia mui formosa
Com vestido de algas coloridas

O tapete de areia reluzente
Recebe a água do mar toda despida
As ondas lavam seu vestido de capim
Seu corpo sob algas tem guarida
E os banhistas que roubam seu decoro
Passam e não percebem o choro
Da praia clamando pela vida

sábado, 8 de fevereiro de 2014

IFCE EM ICAPUÍ
 
 
Profº Antônio José

O POETA DAS BARREIRAS
MORADOR DO LITORAL
PASSA PELO FACEBOOK
UMA REDE SOCIAL
PRA DIZER A TODA GENTE
QUE FAZER O DIFERENTE
É NUNCA FAZER IGUAL

COM O IF NO MUNICÍPIO
MUITA COISA VAI MUDAR
O TURISMO TERÁ TÉCNICOS
PRA O SETOR QUALIFICAR
E O TURISTA VISITANTE
QUE PASSA POR UM INSTANTE
BOA IMPRESSÃO VAI LEVAR

SEJA NA AGRICULTURA
OU NA COMUNICAÇÃO
NA INFORMÁTICA GERAL
OU MESMO NA PRODUÇÃO
O IF ESTÁ CHEGANDO
VÁ LOGO SE PREPARANDO
PARA SUA FORMAÇÃO

VOCÊ QUE É ESTUDANTE
LOGO VAI PODER OPINAR
UMA ENQUETE ELABORADA
NA ESCOLA VAI PASSAR
E A SUA PARTICIPAÇÃO
NA ESCOLHA DA FORMAÇÃO
O IF TEM QUE CONTAR

ESCOLHA EM CADA ÁREA
O CURSO QUE LHE INTERESSA
AQUELE QUE O MUNICÍPIO
NÃO ESPERA, POIS TEM PRESSA
PENSE COM SABEDORIA
ATENTE PRA MELHORIA
VAMOS LOGO, VAMOS NESSA!

VAMOS FALAR PARA O POVO
DO LUGAR OU LÁ DE FORA
ANUNCIAR O QUE É BOM
O QUE VEM PARA A MELHORA
CRITICAR O QUE É PRECISO
COM PROPOSTA, COM JUÍZO
E O FUTURO SE FAZ AGORA.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O rico e o pobre


Profº Antônio José

Hoje vou mudar o tom
Vou usar de irreverência
Falar do pobre coitado
E do rico sem clemência
Vou usar a boa rima
Afiar a minha lima
Sem nenhuma obediência

O pobre nasce na cama
O rico o leito já tinha
O pobre toma mingau
O rico toma sopinha
O pobre só dá mancada
O rico só gargalhada
Com dinheiro na calcinha

O rico anda no luxo
Com corola importado
O pobre de bicicleta
Com o cachorro de lado
O rico anda na moda
O pobre não se incomoda
A vaidade é pecado

O rico vai ao cinema
Ou ao cine como queira
O pobre vai pra favela
Ou fica na buraqueira
O rico toma sorvete
O pobre toma cacete
Quando comete besteira

O rico vai à Brasília
De avião ou de jato
O pobre mal sai de casa
Seu palácio é o mato
O rico é muito arteiro
Anda légua por dinheiro
É esperto como gato

O pobre lá na cozinha
Come em mesa de madeira
O rico lá no terraço
Espera pela copeira
O pobre usa colher
O rico usa talher
Com mobília de primeira

O rico na hora do almoço
Pede galinha à cabidela
O pobre não tem almoço
Só tem ovo e mortadela
O rico tem vinagrete
Macarrão tipo espaguete
O pobre só tem costela.

O rico tem um rack
Para por TV de Led
O pobre tem mesinha
Para por rádio que pede
O rico na box cama
O pobre na Tijubana
Só ouvindo o som do jegue

Comida de rico é diet
Há dieta, academia
Comida de pobre é osso
É gordura, porcaria
O rico fica sarado
O pobre fica lascado
Gemendo na enfermaria

O rico usa calçado
Comprado no Shop Center
O pobre usa chinelo
Doado pelo parente
O rico tem dólar, libra
O pobre só tem a vida
Que Deus fez alma vivente

O rico fala elegante
Dog, Money, good night
O pobre fala diferente
Bassoura, frever, já vaite
O rico estuda inglês
O pobre nem português
Imagina diet, light

O rico hidrata a garganta
Quando fala em demasia
O pobre engole o cuspe
Quando está na gritaria
O rico toma com adoçante
O pobre no alto falante
Sem nenhuma diplomacia

Falar do rico e do pobre
Dá rima pra mais de metro
Pois o rico tem os seus planos
O pobre tem os seus netos
O rico está em juízo
O pobre no paraíso
E só Deus sabe o resto.