BOAS VINDAS

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sábado, 6 de julho de 2019

JANGADEIRO










Prof Antônio José

Hoje vou rimar com precisão
Poderia falar do boiadeiro
Mas quero falar do jangadeiro
O homem com o leme na mão
Estou na praia, não no sertão
E vejo quanta coragem, ousadia
Acordar na madrugada fria
E enfrentar o mar, o vento frio
Sozinho, em dupla ou em trio
O jangadeiro vive da pescaria

Ele chega na praia cedinho
Com sua quimanga e anzóis
Sai do calor de seus lençóis
Da sua choupana, do seu ninho
Ergue uma vela com carinho
E vai rolar sua humilde jangada
Espera uma pesca abençoada
Pois confia em Deus, o Senhor
Sabe ser Ele o nosso provedor
Seja de dia ou de madrugada.

O jangadeiro vive de esperança
Sua linha tem um movimento
Sua isca tem encantamento
Que sob o mar brilha e dança
Ele não usa arma ou uma lança
Apenas um anzol bem encurvado
Que fisga o xaréu e o dourado
Com magia, experiência e arte
O jangadeiro, um grande baluarte
Deveria ser bem mais valorizado

E agora termino a minha rima
Com uma vela lá no horizonte
É uma jangada que foi ontem
E volta com peixe, ouro e mina
Talvez seja de Barreiras de Cima
Ou de qualquer outro recanto
É o jangadeiro com seu canto
Voltando para sua residência
Com os frutos da sobrevivência
Para a sua alegria e acalanto!

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