TRÂNSITO EM ICAPUÍ
Profº Antônio José
Trânsito para a vida e não para a morte. Refletir sobre o
trânsito no município de Icapuí é mais do que uma necessidade, é uma urgência
que requer um tratamento imediato das partes envolvidas. Sabe-se que nos
últimos anos os casos de acidentes com
motocicletas e automóveis tem aumentado consideravelmente e muitos com vítimas
fatais. Icapuí é um município com aproximadamente vinte mil habitantes e já
desponta no cenário cearense como um dos vilões em acidentes de trânsito.
As causas são as mais diversas e vai desde a dita
imprudência do condutor passando pelas más condições dos veículos e estradas.
Ou seja, o fator infraestrutura, veicular e humano. Quanto às vias públicas, é
notório o descaso que estas vêm recebendo das autoridades governamentais, pois
as mesmas se tornam quase que intransitáveis devido à quantidade de buracos e
areia que apresentam. Vale ressaltar a nova camada de asfalto que está sendo
colocada na avenida principal que dá acesso ao centro da cidade. Contudo,
enquanto essa obra garante uma melhoria na acessibilidade ao centro, outros
trechos como a estrada que dá acesso a praia de Barreiras fica a mercê do
abandono e os carros e motos mergulhados no atoleiro e buracos. Haja suspensão,
haja paciência!
No que diz respeito às condições dos veículos, é visível os
cuidados que alguns proprietários dispensam aos seus automóveis, motos, ônibus,
caminhões enquanto que outros não se preocupam com o estado de conservação, segurança
e regularização de seu transporte. O que se ver, muitas vezes, são transportes
já em ruinas trafegando pelas ruas sem as mínimas condições de circulação. E
POR INCRÍVEL QUE PAREÇA MUITOS DESSES VEÍCULOS TRANSPORTAM, NO COTIDIANO,
ESCOLARES SEM AS DEVIDAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA. Associado a isso está à imprudência
de condutores que andam sob o efeito de drogas, outros que usam o celular
enquanto dirigem, MENORES conduzindo veículos e ainda tem aqueles que
ultrapassam os limites de velocidade e não respeitam as placas de
regulamentação e advertência mesmo sendo esta última quase que inexistente nas
vias do município.
Ainda vale salientar que se isso não bastasse os pilotos de
motocicletas, na sua maioria andam sem capacetes, outros com motos sem placas e
veículos irregulares, o que levou segundo matéria publicada em http://blogs.tvdiário.tv.br o Ministério
Público do Estado do Ceará, através do promotor de Justiça da comarca de Icapuí
Adriano Jorge Pinheiro Saraiva, realizar audiência pública para discutir
soluções no que diz respeito à problemática do trânsito do município. Ficou
acertada a celebração de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o ex-prefeito
de Icapuí, José Edilson da Silva, objetivando a municipalização do trânsito,
com a implantação, até o final deste ano, do Departamento Municipal de
Trânsito.
Enquanto o órgão não é criado, a Policia Militar atuará na
fiscalização do trânsito do município, priorizando regularizar e
responsabilizar as pessoas que cedam veículos a motoristas não habilitados ou
que conduzam os mesmos sem placas, com placas dobradas, adulteradas ou clonadas
e com documentação irregular, inclusive recolhendo os veículos que se encontrem
em desacordo com as normas do Código de Trânsito Brasileiro.
Após a intervenção do Ministério Público, o que se viu foi
uma correria à aquisição de capacetes e dificilmente via-se uma pessoa
transitando sem esse equipamento de segurança. Que bom se tivesse continuado
assim, entretanto, pouco está se vendo o uso de capacete ultimamente. O que
está acontecendo? Será que as autoridades e os condutores não estão percebendo
esse retrocesso, pois o uso desse equipamento é imprescindível para a
manutenção da segurança e por extensão, da vida.
E por esses cuidados supramencionados deixarem de ser
observados no dia-a-dia, temos de enfrentar situações indesejáveis nas quais
muitas delas ocasionam a triste separação de familiares e amigos do nosso
convívio. Municipalizar o trânsito já, realizar campanhas de conscientização
nas ruas e, sobretudo, fomentar projetos educativos nas escolas voltados para
uma educação preventiva no trânsito são medidas cruciais para se formar uma
nova mentalidade e consequentemente se diminuir o número de acidentes. Vale
frisar que a observação e aplicação da legislação de trânsito devem ser
rigorosamente seguidas sob pena de cair no descrédito da população.
Como educador, nesse município, já levo essa discussão para
a sala de aula, pois acredito no poder transformador da educação, mas é preciso
que cada um faça a sua parte. Penso está fazendo a minha e como dizia Madre
Tereza de Calcutá, religiosa iugoslava, “O MEU TRABALHO É UMA GOTA NO OCEANO,
MAS, SEM ELE, O OCEANO SERIA AINDA MENOR”.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns outra vez !
ResponderExcluirQuanta dor poderia ter sido evitado ?!
Meu corpo é testemunha ocular dos desmandos das pessoas que fazem o transito.
Foram 5 meses em cadeira de rodas, 4 meses de muletas e até hoje as dores são horríveis.
O "PROFESSOR/POETA" tem a minha admiração desde 2005.
Um grande abraço.